Para fazer com que as imagens ultrapassem o tempo e permaneçam vivas para as gerações futuras, um grupo vinculado ao departamento de desenho e tecnologia da UFMA, criou o projeto: Iconografias do Maranhão, em que pretendem mapear as imagens da cultura material e imaterial de 16 grupos do Estado. O trabalho conta com 50 alunos da graduação que se aproximam das comunidades conhecem as manifestações seus locais de origem, sua finalidade, seus ritos e até elementos da vida cotidiana dos participantes, para então tentar materializar as imagens.

A professora Raquel Noronha, responsável pelo projeto comenta que se utilizam a etnometodologia como parte do projeto de designe, “a grande característica de um projeto de extensão é levar o conhecimento acadêmico até as comunidades e o conhecimento empírico, a cultura, os saberes tradicionais para dentro da Universidade”, conclui.

A idéia surgiu como continuidade da tese de mestrado da professora que já estudava a iconografia como símbolo do patrimônio e começou a pensar em outras imagens da identidade local fornecidas pela cultura. A pesquisa torna-se importante para que pessoas que trabalham com a tradição possam perceber a importância dessas imagens, muitas vezes deixadas de lado no cotidiano. Essa iconografia, mapeada e organizada deve ser transformada em produtos que tenham a identidade cultural maranhense e que possam ser produzidos pela comunidade dos grupos tradicionais, para tanto serão oferecidas oficinas de serigrafia e qualificação artesanal para otimizar a produção.

A expectativa é difundir essas imagens, colocar à disposição de todos para que possam construir produtos, camisetas, botons, capas de cadernos é um processo de auto-reconhecimento de afirmação dessas identidades.

VOCÊ SABIA QUE FOI DESCOBERTO MECANISMO E FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A ORIGEM DO CÂNCER DE ESTÔMAGO?

Pesquisa da Universidade de Urbana Em Ilinois - Estados Unidos, descobriu que uma enzima ativada por uma bactéria que sobrevive aos ácidos estomacais causa o câncer de estômago.

A bactéria de nome Helicobacter Pylori dá origem à gastroenterite, infecção no aparelho digestivo que tem como sintomas a diarréia, vômito, dores intestinais e febre acima de 38º.

De acordo com os pesquisadores até já se sabia que diversos tipos de câncer estomacal eram induzidos por infecções crônicas causadas pela bactéria, o que se desconhecia eram os mecanismos e os fatores bacterianos que levavam ao desenvolvimento da doença.

Com a descoberta será possível compreender porque em alguns tipos de câncer as células impulsionam a sobrevivência dos tumores e freia a quimioterapia que combate às células cancerígenas.

Você sabia? Tome ciência!

O Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, com o intuito de conhecer melhor as questões de territorialidade das comunidades tradicionais do Maranhão, vem fazendo um mapeamento desses grupos, sua cultura, identidade, seus locais de origem, conflitos e a relação com a natureza.

A atenção dos pesquisadores está voltada para os grupos quilombolas, especialmente os de Alcântara: os grupos afro-religiosos e as quebradeiras de coco.

O projeto acontece também no Pará,Tocantins e Piauí sob a coordenação geral de Alfredo Wagner com a participação de professores e alunos de várias instituições de ensino a exemplo da UEMA e UFMA.

Cintia Carvalho Martins, professora da UEMA é uma das organizadoras dos dados de São Luís, ela descreve que um dos objetivos do projeto “é a produção de conhecimentos científicos e produzir uma reflexão a cerca das situações vivenciada pelos povos e comunidades tradicionais com ênfase na questão dos conflitos que essas comunidades estão vivenciando e quais são as formas de mobilização das representantes de movimentos sociais”.

Os estudos iniciaram em 2005 com uma pesquisa realizada nas áreas de ocorrência dos babaçuais enfatizando a guerra ecológica, o plantio homogêneo e a organização do movimento social das quebradeiras de coco. Os pesquisadores se inserem na comunidade, fazem o levantamento das condições sociais do local e dão oficinas para os líderes, em seguida constroem os mapas que representam os sujeitos da ação e escrevem livros.

Os responsáveis pelo trabalho acreditam que estão conquistando espaço para os movimentos sociais. Além disso os dados servem de base para políticas étnicas e fortalecem a construção da territorialidade de identidade desses povos. (Camila Pinto Boullosa)

VOCÊ SABIA QUE NASA DESCOBRIU NOVO CORPO CELESTE SEM CLASSIFICAÇÃO?

É isso mesmo. A Nasa – Agência Espacial Norte Americana, através do telescópio espacial Kepler, detectou dois corpos celestes que não podem ser classificados nem como estrela, nem tampouco como planeta.

De acordo com as observações os corpos são quentes demais para serem planetas e são muito pequenos para serem consideradas outras estrelas, a temperatura deles ultrapassa os 14.000ºC.

Apresentada durante Reunião da Sociedade Americana de Astronomia, a pesquisa sugere duas teorias para a natureza dos objetos. A primeira é de que elas são planetas recém-nascidos o que resulta em temperatura bastante alta. A segunda sugere que os corpos descobertos são estrelas do tipo das anãs brancas que estão morrendo, perdendo camadas exteriores e encolhendo.

Segundo os astrônomos é apenas uma questão de tempo para que o através do telescópio Kepler se descubra planetas com condições análogas à Terra.

Você sabia? Tome ciência!

O programa Grande Carajás é um projeto de exploração mineral implantado entre 1979 e 1986 que se estende por 900.000 Km² passando pelo Oeste do Maranhão, Sudoeste do Pará e Norte do Tocantins. O Maranhão se inseriu no processo por possuir um porto de fácil acesso e de muita profundidade, o Itaqui, localizado na Ilha de São Luís. Isso faz com que 14 municípios do estado sejam cortados pelo trem que transporta o minério e, portanto, sofram transformações significativas ao longo dos anos.

Com o intuito de discutir tais mudanças ocorridas no Estado do Maranhão em decorrência do programa Grande Carajás, a professora Zulene Muniz, do departamento de Ciências Sociais da UEMA criou o projeto: Estruturação e Reestruturação do Capitalismo Industrial no Maranhão Impactos Sócio Espacial e as Respostas do Desenvolvimento Social. O objetivo era captar os impactos sociais desses projetos de desenvolvimento tendo uma visão mais geral, inclusive do estado, como corredor de importação. A pesquisadora pretendia ver também até que ponto eles contribuíram para uma mudança do perfil econômico e social e se o Maranhão chegou perto dos índices dos demais estados, ainda que em nível de nordeste.

Foi percebido que muitas dos moradores das localidades atingidas pelo projeto migraram para São Luís (provocando o inchaço da cidade aumentando o número de favelas) e também para outras cidades próximas em outros estados, muitas vezes se tornando vítimas do trabalho escravo.

Entre as conclusões percebeu-se que o Maranhão não saiu de sua posição de estado periférico. Os níveis de desigualdade, de desenvolvimento humano, mortalidade infantil, educação apresentaram taxas de avanço muito pequenas. Desde 2002 os níveis não são muito diferentes, os níveis que se tinha em 1991 e o que se tem hoje não apresentam mudanças significativas em termo de desenvolvimento e de índice de desenvolvimento humano, eles continuam baixos. Por outro lado houve uma mudança de perfil econômico, o Maranhão se modernizou com empresas de grande porte instaladas no Estado o que não significa desenvolvimento social, tem muito mais crescimento econômico do que desenvolvimento.

As expectativas levantadas há 20 anos com o Programa Grande Carajás são as mesmas levantadas hoje com a implantação da refinaria em Bacabeira o que nos leva a refletir sobre os seguintes desafios: Será que o ideal não é pensar em pequenos projetos que considera as potencialidades locais? Que outro padrão de desenvolvimento se pode pensar no Maranhão que não seja exatamente centrada na política dos grandes projetos?

A intenção da pesquisadora é ampliar o tema da sua pesquisa à implantação da refinaria de Bacabeira, para discutir as transformações políticas, sociais e ambientais servindo de base para a implantação de um projeto de mestrado em desenvolvimento social e regional. (Camila Pinto Boullosa)

VOCÊ SABIA QUE JÁ É POSSÍVEL TRANSMITIR A IMAGEM DE UM HEMISFÉRIO INTEIRO EM APENAS UMA FOTO?

É verdade! O feito foi conseguido por um grupo de cientistas da Universidade de Duke nos Estados Unidos que criaram uma lente capaz de projetar a luz de todo um hemisfério sobre uma superfície plana. Diferente das lentes convencionais que só conseguem projetar a luz vinda de uma só direção, a equipe conseguiu por meio de um sofisticado processo, manipular de maneira artificial a propagação da luz.

Para isso foi utilizada uma substância que apresenta propriedades eletromagnéticas incomuns, devido à sua estrutura. Essa substância batizada de metamaterial permite o controle total da propagação da luz expandindo a capacidade de visualização dos instrumentos ópticos atuais.

Publicado em Edição da Revista “Nature” O estudo sugere um passo adiante na construção de CÂMERAS e detectores de imagens capazes de captura a luz em ângulos de até 180º e projetá-la sobre uma superfície plana.

De acordo com os pesquisadores, esta nova lente combinada com um chip de uma câmera instalada em uma superfície plana, pode projetar e transmitir a imagem de um hemisfério inteiro em apenas uma foto.

Você sabia? Tome ciência!