O programa Grande Carajás é um projeto de exploração mineral implantado entre 1979 e 1986 que se estende por 900.000 Km² passando pelo Oeste do Maranhão, Sudoeste do Pará e Norte do Tocantins. O Maranhão se inseriu no processo por possuir um porto de fácil acesso e de muita profundidade, o Itaqui, localizado na Ilha de São Luís. Isso faz com que 14 municípios do estado sejam cortados pelo trem que transporta o minério e, portanto, sofram transformações significativas ao longo dos anos.

Com o intuito de discutir tais mudanças ocorridas no Estado do Maranhão em decorrência do programa Grande Carajás, a professora Zulene Muniz, do departamento de Ciências Sociais da UEMA criou o projeto: Estruturação e Reestruturação do Capitalismo Industrial no Maranhão Impactos Sócio Espacial e as Respostas do Desenvolvimento Social. O objetivo era captar os impactos sociais desses projetos de desenvolvimento tendo uma visão mais geral, inclusive do estado, como corredor de importação. A pesquisadora pretendia ver também até que ponto eles contribuíram para uma mudança do perfil econômico e social e se o Maranhão chegou perto dos índices dos demais estados, ainda que em nível de nordeste.

Foi percebido que muitas dos moradores das localidades atingidas pelo projeto migraram para São Luís (provocando o inchaço da cidade aumentando o número de favelas) e também para outras cidades próximas em outros estados, muitas vezes se tornando vítimas do trabalho escravo.

Entre as conclusões percebeu-se que o Maranhão não saiu de sua posição de estado periférico. Os níveis de desigualdade, de desenvolvimento humano, mortalidade infantil, educação apresentaram taxas de avanço muito pequenas. Desde 2002 os níveis não são muito diferentes, os níveis que se tinha em 1991 e o que se tem hoje não apresentam mudanças significativas em termo de desenvolvimento e de índice de desenvolvimento humano, eles continuam baixos. Por outro lado houve uma mudança de perfil econômico, o Maranhão se modernizou com empresas de grande porte instaladas no Estado o que não significa desenvolvimento social, tem muito mais crescimento econômico do que desenvolvimento.

As expectativas levantadas há 20 anos com o Programa Grande Carajás são as mesmas levantadas hoje com a implantação da refinaria em Bacabeira o que nos leva a refletir sobre os seguintes desafios: Será que o ideal não é pensar em pequenos projetos que considera as potencialidades locais? Que outro padrão de desenvolvimento se pode pensar no Maranhão que não seja exatamente centrada na política dos grandes projetos?

A intenção da pesquisadora é ampliar o tema da sua pesquisa à implantação da refinaria de Bacabeira, para discutir as transformações políticas, sociais e ambientais servindo de base para a implantação de um projeto de mestrado em desenvolvimento social e regional. (Camila Pinto Boullosa)

VOCÊ SABIA QUE JÁ É POSSÍVEL TRANSMITIR A IMAGEM DE UM HEMISFÉRIO INTEIRO EM APENAS UMA FOTO?

É verdade! O feito foi conseguido por um grupo de cientistas da Universidade de Duke nos Estados Unidos que criaram uma lente capaz de projetar a luz de todo um hemisfério sobre uma superfície plana. Diferente das lentes convencionais que só conseguem projetar a luz vinda de uma só direção, a equipe conseguiu por meio de um sofisticado processo, manipular de maneira artificial a propagação da luz.

Para isso foi utilizada uma substância que apresenta propriedades eletromagnéticas incomuns, devido à sua estrutura. Essa substância batizada de metamaterial permite o controle total da propagação da luz expandindo a capacidade de visualização dos instrumentos ópticos atuais.

Publicado em Edição da Revista “Nature” O estudo sugere um passo adiante na construção de CÂMERAS e detectores de imagens capazes de captura a luz em ângulos de até 180º e projetá-la sobre uma superfície plana.

De acordo com os pesquisadores, esta nova lente combinada com um chip de uma câmera instalada em uma superfície plana, pode projetar e transmitir a imagem de um hemisfério inteiro em apenas uma foto.

Você sabia? Tome ciência!