O aborto espontâneo, também chamado de aborto involuntário ou falso parto acontece em cerca de 25% das gestações, sendo que 3/4 ocorrem nos primeiros meses de gravidez, a causa do aborto no primeiro trimestre são atribuídos a distúrbios de origem genética.

Para estudar as combinações de genes para perceber e prevenir anomalias durante a gravidez, a professora do Departamento de Biologia da UFMA, Emídia Rosa Leal Mesquita, através do Laboratório de Estudos Genômicos e Estocompatibilidade do Hospital Universitário, realizou pesquisa analisando um gene específico, o HLA, dentro de suas variações A; B e DRB1.

O HLA está presente em todos os seres humanos e faz parte do sistema imunológico, estando divido em partes A; B e DRB1, o que nos faz diferentes uns dos outros são as combinações existentes dentro de cada parte, o indivíduo pode ser A0102, por exemplo, enquanto outro será 0134. Por meio da pesquisa a bióloga pôde perceber que determinadas combinações são fatores de risco ou de proteção para o aborto.

Foram coletadas 100 amostras de DNA de pessoas que abortaram e de outras que continuaram a gestação. Após a análise do material os dados foram comparados, sendo consideradas mulheres que passaram por dois abortos seguidos. As amostras vieram do serviço de ginecologia obstetrícia do materno infantil e de outra clínica de São Luís. Dentre os fatores relacionados ao aborto, uns estariam relacionados ao gene HLA, e dentre os vários tipos, o que foi estudado foi o HLA A; B e DRB1. Foi encontrado como fator de proteção o HLA A24 e o B35, como fator de risco seria o HLA A34.

“Se um casal tem dificuldade para engravidar, às vezes até consegue engravidar, mas então vem o aborto. Uma das investigações feitas é em relação ao HLA do casal, tanto da mulher, como do homem. Se no casal e na mulher se encontra o A24 ou B35, isso já dá um pouco de idéia aos médicos que acompanham aquele caso, que em relação ao HLA ela não teria grandes riscos para o aborto, mas se for encontrado o HLA A34 já começa a esclarecer para eles quais são os problemas que o casal tem para não conseguir engravidar e levar a gravidez adiante. A pesquisa vem mais com o intuito de auxiliar o tratamento em relação à infertilidade de um casal, conclui a pesquisadora. (Camila Pinto Boullosa)

VOCÊ SABIA QUE OBESOS TEM MAIS RISCOS DE CONTRAIR PEDRAS NOS RINS?

De acordo com estudo que será publicado em fevereiro no Jornal de Urologia pessoas obesas estão mais propensas a ter pedras nos rins. Para eles diversos estudos já deram mostras disso, como também do crescimento das taxas de obesidade, mas não esclareceram porque o ganho de peso tinha relação com ocorrência de pedras nos rins.

O novo estudo avaliou dados de mais de 95.000 pessoas, dentre as quais mais de 3.200 tinham calculo renal. Os resultados apontaram que os homens tinham até duas vezes mais chances de desenvolver a doença que as mulheres e o risco aumentava com o envelhecimento.

O estudo revelou ainda que a probabilidade de se desenvolver a doença era muito maior nas pessoas obesas, isto é, entre aquelas que tinham índice de massa corporal, relação entre peso e altura, acima de 30. A probabilidade de alguém com peso normal ou sobrepeso contrair a doença era de uma em cada 40, já entre os obesos a probabilidade era de uma em cada 20 pessoas.

Para os pesquisadores os dados da pesquisa só ratificam as campanhas que incentivam a redução de peso para evitar diversas doenças.

Você sabia? Tome ciência!