A lechimaniose visceral canina, popularmente chamada de Calazar é uma doença endêmica do Maranhão com casos muito prevalentes tanto em humanos como nos cães. Em São Luís os principais focos da doença estão junto aos bairros mais distantes do centro aonde não existem ainda o controle do mosquito como no caso do São Raimundo onde há alto índice de endemia tanto em animais como em humanos.

Com base nestas informações a estudante do Curso de Farmácia Bioquímica da UFMA realizou a pesquisa: avaliação de parâmetros bioquímicos e clínicos de cães infectados com leshimanianchagase e tratados com Alopurinol.

O risco de um humano ser infectada pela doença é muito grande bastando haver um cão infectado na região e o mosquito que se alimenta tanto de sangue humano como dos cães, neste processo o mosquito serve como vetor, transmitindo o protozoário ao homem.

Para tratar os animais contaminados são utilizados vários medicamentos dentre eles o Alopurinol, por se tratar de um fármaco menos tóxico, e que agride muito menos os órgãos internos dos animais, como o rim, responsável pela EXCREÇÃO, gerando resultados mais satisfatórios.

No entanto, o fármaco não obteve muito efeito na melhora clínica dos animais, nem dos parâmetros bioquímicos, isso pode ter ocorrido porque não se sabia ao certo qual o tempo de incubação no animal, pois a doença, por vezes, pode se apresentar no animal nos primeiros três primeiros meses ou até 5 anos após a infecção.

Dentre os principais sintomas no animal estão: a perda de pêlos, feridas na pele, o crescimento exagerado das unhas e a excessiva magreza. No caso de perceber qualquer um desses sintomas no animal a pesquisadora recomenda procurar imediatamente o órgão responsável pelo controle de zoonose, que no caso de São Luís, é a UEMA, para evitar que o cão se transforme reservatório do parasita e seja um foco de transmissão da doença. (Emerson Marinho)

VOCÊ SABIA QUE MENOR ÍNDICE DE DESNUTRIÇÃO INFANTIL FOI ENCONTRADO EM FAMÍLIAS CHEFIADAS POR MULHERES?

É verdade! Este foi o resultado de uma pesquisa maranhense realizada nos seis municípios mais populosos do estado: São Luís, Timon, São José de Ribamar, Codó e Imperatriz. A intenção era avaliar as prevalências e fatores associados à desnutrição e obesidade em crianças menores de cinco anos.

A desnutrição e a obesidade são distúrbios alimentares que acometem frequentemente as crianças provocados por fatores que descrevem as características de uma população, os fatores demográficos, e os socioeconômicos. A desnutrição ocorre devido ao baixo consumo de nutrientes, o que pode provocar queda no rendimento escolar e mesmo mortalidade. Já a obesidade infantil é causada por alimentação inadequada, o que gera histórico de doenças na idade adulta.

Com a dissertação “prevalência e fatores associados à desnutrição e obesidade infantil em municípios do Maranhão”, a nutricionista e mestranda em saúde coletiva da Ufma Deysianne Costa das chagas realizou análises estatísticas avaliando o estado nutricional de crianças menores de 5 anos, subdivididas em peso/idade, peso/estatura e estatura/idade e dados da pesquisa “Atenção à saúde no Maranhão”.

A comparação entre as informações revelou que a desnutrição caiu bastante na década passada e que a obesidade nos municípios mais populosos do estado está superando a desnutrição. Dentre os principais fatores demográficos que incentivaram essa mudança está o sexo do chefe de família. Para a pesquisadora, famílias chefiadas por mulheres tem crianças com menor chance de serem desnutridas, pois elas tem maior cuidado com a alimentação dos filhos.

Você sabia? Tome ciência!